Capítulo 45 - Elizabeth recebe carta de Jane informando a fuga de Lydia
Elizabeth ficara
muito desapontada por não encontrar, na sua chegada a Lambton, uma carta de
Jane; e tal desapontamento era, desde que ali se encontrava, diariamente
renovado. No terceiro dia, contudo, a sua expectativa foi recompensada e Jane
justificada, pois recebeu da irmã duas cartas ao mesmo tempo, numa das quais
vinha assinalado o seu transvio. Elizabeth não se surpreendeu, pois Jane
escrevera o endereço de maneira quase ilegível.
Preparavam-se
para sair quando as cartas chegaram, e os seus tios, querendo deixá-la à
vontade com o seu correio, partiram sem ela. A carta extraviada deveria ser
lida primeiro, pois fora escrita cinco dias antes. O começo continha o relato
de todas as pequenas reuniões e divertimentos da família, assim como as últimas
novidades da região; mas a segunda parte, que datava do dia subsequente e fora
evidentemente escrita em grande agitação, traria notícias bem mais importantes,
e versava assim:
Minha querida
Lizzy, desde que encetei esta carta, aconteceu um facto inesperado e de extrema
gravidade. Receio com isto assustar-te, mas asseguro-te que nos: encontramos
todos bem. O que eu tenho para contar diz respeito à nossa pobre Lydia. Um
mensageiro chegou ontem à noite, quando já nos encontrávamos todos deitados,
vindo da parte do coronel Forster e dizendo que Lydia tinha partido para a
Escócia com um dos seus oficiais; mais concretamente, com o Wickham! Imagina a
nossa surpresa. Kity, porém, não pareceu tão surpreendida. Estou muito triste.
Considero um casamento altamente imprudente para ambos; mas pretendo esperar o
melhor e faço o possível por acreditar que o carácter dele foi mal
compreendido. Ele será um inconsciente e um insensato, mas um acto como este
não me parece revelar um mau coração. A sua escolha por Lydia é desinteressada;
pois ele não deve ignorar que o nosso pai nada tem para dar à filha. A mãe,
pobrezinha, está muito desgostosa, mas o pai suporta tudo isto muito melhor.
Considero um feliz acaso nada lhes termos contado do que sabíamos contra ele;
e, de momento, precisamos também esquecer tais coisas. Partiram no sábado por
volta da meia-noite, ao que parece, mas a sua ausência não foi notada senão
ontem de manhã, às oito. O mensageiro foi imediatamente enviado. Minha querida,
eles devem ter passado a dez milhas de distância daqui. O coronel Forster diz
que tem motivos para esperar para breve o regresso de Wickham. Lydia deixou
algumas linhas escritas à Sr. Forster, informando-a da sua resolução. Preciso
concluir, pois não posso manter-me muito tempo afastada da minha pobre mãe.
Espero que compreendas esta carta, pois já nem sei bem o que escrevi.
Sem perder tempo
a reflectir e sem saber exactamente quais eram os seus sentimentos, Elizabeth,
ao acabar a carta, abriu imediatamente a outra, com grande impaciência, e leu o
que se segue (a carta fora escrita um dia depois da conclusão da primeira):
Quando receberes
esta carta, minha querida irmã, já terás em teu poder uma primeira. Faço votos
para que a segunda seja mais inteligível, pois, embora com tempo suficiente a
minha disposição, sinto a cabeça confusa que não me responsabilizo pela
coerência das minhas palavras. Minha querida Lizzy, eu nem sei o que vou
escrever; tenho más notícias para te dar e não posso adiar a sua comunicação.
Por mais imprudente que seja o casamento do Sr. Wickham com a nossa pobre
Lydia, vivemos agora na ânsia de obter a confirmação de que ele tenha sido
realmente realizado, pois existem fortes motivos para acreditar que eles não
foram para a Escócia. O coronel chegou aqui ontem, tendo saído de Brighton no
dia anterior, poucas horas depois de ter enviado o expresso. Embora o bilhete
de Lydia dirigido à Sr.a Forster desse a entender que eles tinham ido para
Gretua Green, correu em Brighton que Denny dissera que, na sua opinião, Wickham
não tencionava de modo algum ir para a Escócia, nem casar com Lydia. Ao saber
disto, o coronel Forster ficou muito alarmado e saiu imediatamente de Brighton,
com o intuito de ir no encalço dos fugitivos. Conseguiu descobrir facilmente o
caminho que tinham tomado até Clapham, mas a partir dai não havia sinais da sua
passagem, pois nesse local tomaram uma diligência e deixaram o carro que os
trouxera de Epson. Tudo o que se sabe deles, depois disso, e que foram vistos
na estrada para Londres. Não sei o que pensar! Após ter feito todas as
indignações possíveis daquele lado, o coronel Forster voltou para o Hertfordshire,
detendo-se em todas as encruzilhadas e hospedarias, em Barnet e Hartfield, mas
sem qualquer resultado. Ninguém os tinha visto passar. Preocupado, por nossa
causa, ele veio atenciosamente a Longbourn e revelou-nos as suas apreensões da
forma mais delicada e honrosa para o seu carácter. Tenho uma pena sincera por
ele e pela Sr.a Forster, mas ninguém os poderá acusar de nada. A nossa aflição
é grande, minha querida Lizzy; os nossos pais acreditam no pior, mas eu não
posso crer que ele seja assim tão perverso. É muito possível que Lydia e ele
tenham julgado mais conveniente realizar o casamento em segredo, em Londres, e
desistido do seu primeiro projecto; e mesmo que ele tenha desígnios tão
perversos contra uma rapariga bem relacionada como a Lydia, o que não é
provável, não posso crer que Lydia tenha perdido todo o juízo. É impossível!
Lamento, no entanto, dizer que o coronel Forster não acredita no casamento. Ele
abanou a cabeça quando lhe exprimi as minhas esperanças e disse que temia que
Wickham não fosse um homem de confiança. Pobre mãe, ela está realmente abatida
e não quer abandonar o quarto. Seria preferível que ela se esforçasse por
reagir, mas não é provável. Quanto ao pai, nunca na minha vida o vi tão
perturbado. Ele zangou-se muito com a pobre Kitty, por ela ter escondido aquele
namoro, mas, como se tratava de um segredo, acho natural essa atitude da parte
dela. Alegra-me, querida Lizzy, que algumas destas cenas penosas te tenham sido
poupadas, mas agora não posso deixar de te dizer que anseio pelo teu regresso.
Não serei, no entanto, egoísta ao ponto de pedir muita pressa, se isso te não
convir. Até breve. Tomo novamente a minha pena para fazer o contrário do que
acabo de te dizer, mas as coisas estão de tal modo que te suplico que venham todos
o mais depressa possível. Conheço os tios muito bem e não receio fazer tal
pedido. Aos primeiros terei outro pedido a fazer. O pai vai partir
imediatamente para Londres com o coronel Forster, a fim de procurar os
fugitivos. Numa circunstância como esta, os conselhos e auxilio de meu tio
seriam inestimáveis. Ele compreenderá
imediatamente o que eu sinto. Confio na sua bondade.
- Oh, onde
estará o meu tio? - exclamou Elizabeth, dando um salto da cadeira mal acabara
de ler a carta, na sua ansiedade de ir ter com ele sem perda de um minuto; mas,
ao chegar à porta, esta foi aberta por um criado e o Sr. Darcy apareceu. A
palidez do rosto de Elizabeth e os seus gestos agitados fizeram-no
sobressaltar, e, antes que ele pudesse voltar a si e falar, ela, que apenas
pensava na situação aflitiva de Lydia, exclamou precipitadamente:
- Sinto muito,
mas tenho que deixá-lo. Preciso de encontrar o Sr. Gardiner imediatamente. O
assunto é urgente e não tenho um instante a perder.
- Meu Deus, mas
que terá acontecido? - exclamou ele, com mais inquietude do que cortesia. Mas,
recompondo-se, acrescentou: - Não a deterei um instante, mas deixe que eu
próprio vá chamar os Srs. Gardiner ou mande lá um criado. No estado em que
está, quem não poderá ir é a menina.
Elizabeth hesitou,
mas os joelhos tremiam-lhe tanto que ela compreendeu que não poderia ir muito
longe. Chamando o criado, ela encarregou-o de partir imediatamente em busca dos
patrões e dizer-lhes que voltassem para casa.
Depois de o
criado ter saído, Elizabeth sentou-se, incapaz de se suster nas pernas por mais
tempo. O seu estado era tão lamentável que Darcy compreendeu ser-lhe impossível
deixá-la; e, num tom doce e apiedado, disse-lhe:
- Deixe que eu
chame a sua criada. Quer tomar alguma coisa? Posso oferecer-lhe algum
reconstituinte, um copo de vinho? Está indisposta.
- Não, obrigado
- replicou ela, procurando dominar-se. - Nada tenho. Sinto-me perfeitamente
bem. Estou apenas muito aflita por causa de más notícias que acabo de receber
de Longbourn.
Ao aludir tal
facto, ela começou a chorar e durante alguns minutos não conseguiu dizer
palavra. Darcy, penalizado e aflito, pôde apenas exprimir vagamente a sua
preocupação, e observá-la num silêncio de comiseração. Por fim, ela tornou a
falar.
- Acabo de
receber uma carta de Jane com terríveis notícias. Não é possível escondê-las de
ninguém. A minha irmã mais nova abandonou todos os seus parentes... e fugiu;
entregou-se a... Wickham. Partiram juntos de Brighton. Conheço-o bem de mais
para não ter dúvidas quanto ao resto da história. Ela não tem dinheiro,
relações, nada que o possa tentar. Esta perdida para sempre!
Darcy ficou
imobilizado de espanto.
- E quando eu
penso - acrescentou ela, num tom mais agitado - que eu própria poderia ter
evitado isto, eu, que sabia quem ele era, se tivesse apenas revelado à minha
própria família uma parte do que vim a saber; se o carácter dele fosse
conhecido, nada disto teria acontecido. Mas agora é tarde, demasiado tarde.
- Estou profundamente
desgostado - exclamou Darcy, aflito. - Mas isso é certo, absolutamente certo?
- Oh!, sim. Eles
saíram de Brighton juntos, sábado à noite, e foram seguidos quase até Londres.
Certamente não foram para a Escócia.
- E o que foi
feito, que foi tentado para recuperá-la?
- Meu pai seguiu
para Londres e Jane escreveu pedindo o auxílio imediato de meu tio. Partiremos,
assim o espero, dentro de meia hora. Enquanto isso, nada mais poderá ser feito.
Sei muito bem que nada há a fazer. Como obrigar um homem como aquele a proceder
correctamente? Como, ao menos, descobrir o seu paradeiro? Não tenho qualquer
esperança. É horrível!
Darcy abanou a
cabeça, numa silenciosa aquiescência.
- Quando
descobri qual era o verdadeiro carácter daquele homem... Oh!, se eu soubesse o
que deveria fazer! Mas eu não sabia... tinha medo de ir demasiado longe. Que
asneira, meu Deus!
Darcy não
respondeu. Ele mal parecia ouvi-la e caminhava de um lado para o outro na sala,
em profunda meditação, as sobrancelhas vincadamente franzidas e a expressão
sombria.
Elizabeth
imediatamente compreendeu o que a sua ascendência sobre Darcy não sofreria.
Nada poderia resistir a uma tal demonstração de fraqueza da parte de sua
família, a tão grande escândalo. Não se surpreendia, nem o condenava. Considerou
que ele exercia sobre si mesmo um grande domínio, mas isso não lhe trouxe
qualquer consolação; e nunca Elizabeth sentira tão claramente como naquele
momento, quando todo o amor era vão, que poderia tê-lo amado.
Mas as
considerações pessoais, embora ocorressem, não a absorviam. Lydia, a humilhação
e a desgraça que ela estava causando à família dominaram desde logo todos os
pensamentos de carácter particular; e, cobrindo o rosto com o lenço, Elizabeth
esqueceu tudo o mais. Após uma pausa de vários minutos, a voz do companheiro
fê-la voltar à realidade; e no tom daquela voz, se transparecia a piedade,
havia também constrangimento:
- Creio que há
muito que estará desejando a minha ausência - disse Darcy -e, a não ser a minha
simpatia sincera, porém, inútil, nada lhe posso oferecer que justifique a minha
presença. Oxalá eu pudesse fazer ou dizer algo que a consolasse; mas não a
atormentarei mais, exprimindo os meus vãos desejos e como que solicitando
propositadamente a sua gratidão. Receio bem que este infeliz acontecimento
impeça minha irmã de a ver hoje à noite em Pemberley.
- Oh, sim, tenha
a bondade de apresentar as nossas desculpas à Menina Darcy. Diga-lhe que
assuntos urgentes nos obrigam a voltar imediatamente. Esconda a infeliz verdade
por tanto tempo quanto puder. Sei que não poderá ser por muito tempo.
Ele
assegurou-lhe prontamente que poderia contar com a sua discrição, tornou a
exprimir o seu pesar por tão grande aflição, desejou que o caso tivesse uma
conclusão mais favorável do que no momento era possível esperar e, deixando
cumprimentos para o Sr. e Sr.a Gardiner, com um grave olhar de despedida,
apenas, foi-se embora.
Após ele ter
abandonado a sala, Elizabeth sentiu que era muito pouco provável que eles
jamais se tornassem a encontrar em termos tão cordiais como os que tinham
marcado os seus vários encontros no Derbyshire; e, ao lançar um olhar
retrospectivo sobre a súmula das suas relações com Darcy, súmula tão prenhe de
contradições e surpresas, não pôde deixar de suspirar pela perversidade
daqueles sentimentos que agora teriam promovido a sua continuação, quando
anteriormente rejubilariam pela sua cessação.
Se a gratidão e
a estima são fundamentos suficientes para a afeição, a alteração no sentir de
Elizabeth não seria nem improvável nem inadequada. Mas se, pelo contrário, a
afeição oriunda de tais motivos é insensata e pouco natural, comparada com
aquela que em geral dizem originar-se no próprio instante do encontro e mesmo
antes de qualquer palavra ser trocada, nada poderá ser dito em defesa de
Elizabeth, a não ser que ela experimentou esse último método com Wickham e que
o seu fracasso talvez a autorize a procurar a outra espécie menos interessante
de afeição. Seja como for, foi com tristeza que ela o viu partir. E, ao
reflectir sobre aquele infeliz acontecimento, encontrou um motivo adicional de
angústia por pensar que aquele era apenas um exemplo dos males que a leviandade
de Lydia poderia causar. Nem por um só instante, desde que lera a segunda carta
de Jane, Elizabeth tivera a esperança de que Wickham tencionasse realmente
casar-se com a sua irmã. Ninguém, a não ser Jane, pensou ela, poderia alimentar
tais esperanças. A surpresa fora o menos que ela sentira naquela ocasião. Ao
lembrar-se do conteúdo da primeira carta, ela surpreendia-se enormemente que
Wickham pretendesse alguma vez casar com aquela rapariga sem meios de fortuna
ou que Lydia estivesse sequer apaixonada por ele. Mas agora achava tudo
perfeitamente natural. Numa aventura daquelas, ela teria encontrado o encanto suficiente;
e, embora Elizabeth não supusesse que Lydia consentisse deliberadamente numa
fuga sem intenção de casamento, tinha razões para acreditar que nem a virtude
nem o entendimento da irmã a preservariam de se tornar numa presa fácil.
Enquanto o
destacamento permanecera no Hertfordshire, nunca ela dera por que Lydia
manifestasse qualquer preferência por Wickham; mas tinha, porém, a consciência
perfeita de que Lydia se apegaria a quem quer que a encorajasse. Entre os
oficiais, ela mudava constantemente de favorito, conforme as atenções de que
eles a rodeavam. Os seus entusiasmos sofriam continuas flutuações, mas nunca
sem motivo; e só agora Elizabeth compreendia o erro que houvera em confiar
demasiado numa rapariga daquela índole. E de que maneira ela o sentia!
Elizabeth
ansiava por se achar em sua casa, para ver, ouvir e compartilhar com Jane os
cuidados que numa situação destas deveriam cair sobre ela, numa família tão
desorganizada, com o pai ausente e a mãe incapaz de um esforço e exigindo
constantes atenções; e, embora praticamente persuadida de que nada poderia ser
feito por Lydia, a interferência de seu tio parecia-lhe ser da maior
importância, e a sua impaciência tornou-se intolerável enquanto não o viu
entrar na sala. O Sr. e a Sr.a Gardiner tinham regressado apressadamente,
alarmados, supondo, pela versão do criado, que a sua sobrinha tivesse adoecido
subitamente. Após tranquilizá-los sobre esse ponto, Elizabeth não perdeu tempo
em revelar-lhes a verdadeira causa de tudo aquilo. Leu as duas cartas em voz
alta e insistiu no post-scriptum da última com trémula veemência, embora Lydia
nunca tivesse sido a favorita de seus tios. O Sr. e a Sr.a Gardiner
mostraram-se profundamente afectados, e não apenas por causa de Lydia. E. após
as primeiras exclamações de surpresa e de horror, o Sr. Gardiner prontamente se
pôs à disposição, prometendo fazer tudo o que lhe fosse possível. Elizabeth,
embora nunca duvidando de tal atitude da sua parte, agradeceu-lhe com lágrimas
de gratidão; e, como todos os três viviam na mesma tensão, os pormenores
relativos à viagem foram rapidamente combinados.
Resolveram
partir naquele mesmo instante.
- Mas que
faremos com respeito a Pemberley? - exclamou a Sr.a Gardiner. - John disse-nos
que o Sr. Darcy se encontrava aqui quando nos mandaste chamar. É verdade?
- Sim, e eu
disse-lhe que não contasse conosco. Por esse lado, está «tudo» resolvido.
«Está tudo
resolvido!», repetiu a outra de si para si, enquanto corria para o quarto a fim
de se preparar. «Será que eles estão em termos tais que ela lhe possa revelar
toda a verdade? Oh!, como eu desejaria sabê-lo!
Mas eram desejos
vãos: ou, pelo menos, apenas serviriam para distraí-la da pressa e confusão da
hora que se seguiu. E, se Elizabeth tivesse tido tempo para entregar-se a si e
aos seus pensamentos mais íntimos, nunca encontraria igual distracção, pois o
seu desespero não o permitiria. Ela também tinha muito em que se ocupar; e,
entre outras coisas, precisava de escrever bilhetes para todos os seus amigos
em Lambton, apresentando desculpas pela partida tão repentina. Dentro de uma
hora tudo estava pronto; e como, entretanto, o Sr. Gardiner tratara da conta da
hospedaria, nada lhes restava fazer senão partir; e Elizabeth, depois de todas
as aflições da manhã, encontrou-se, mais cedo do que esperava, instalada na
carruagem e a caminho de Longbourn.
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